quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Capelinha, ponto de peregrinação de Cidade Gaúcha... Dia 12 vem aí...

 Após algumas décadas em inatividade ou praticamente abandonada a Capelinha como é conhecida voltou a ter vida nova..... A Capelinha a qual estou falando foi construída na década de 50 com a finalidade de abrigar a sua santa protetora. Protetora de todo um povoado que nos anos 50 eram formados pelas colônias de trabalhadores rurais que se formavam especificamente para o plantio, trato e colheita do café.
Conhecida também como a Capelinha dos Tormenas. Surgiu de uma ideia muito brilhante quanto à escolha do local da sua construção, como todo o povoado estava ao lodo dos córregos e em local muito baixo a capelinha seria edificada bem ao pico de um morro pra que de lá pudesse ser facilmente vista e protegesse a todos. Ali moradores se reuniam semanalmente para rezas, terços, catequeses e demais atividades religiosas, também se faziam pedidos, preces e oração a Santa que resistiu por muitos anos.
Grupo que idealizou a restauração e sonhava em se tornar um ponto Tutístico
                                                       Fotos de 10 anos
Foi construída pela família Tormenas que eram na época formada por vários membros e grandes produtores de café, além de suas enormes colônias de trabalhadores havia em seus arredores muitos moradores dos pequenos sítios e era referência tanto pra festas, jogos e outros eventos. Também os eventos religiosos, que por um longo período uma ou mais vezes ao ano vinham padres de longe, como Paranavaí e outros cidades como convidados a rezarem missas a todo o povoado. Nessas missas se juntavam moradores de muitas outras fazendas que além de cultuarem a religião também vivenciavam um momento único de se conhecerem, trocarem conversas, fazerem seus pedidos já que o trabalho era muito intenso em face da grande valorização do café e uma cidade que nada tinha a oferecer como lazer as pessoas.
Fotos após restauração.
Com o declínio da cafeicultura em toda a região e consequentemente a fuga da maioria das pessoas para a cidade, o povoado praticamente acabou já que os cafezais foram ocupados por grandes pastagens com quase nenhuma mão de obra braçal, hoje não mais que meia dúzia de pessoas reside por aqui o que contribuiu para que a Capelinha ficasse abandonada por todos esses anos. Após algumas décadas, motivados, um grupo de pessoas se reúnem em prol da sua revitalização e conseguiram... Esse grupo formado por membros da família Tormena, Secretária de Cultura, Prefeitura Municipal, vereadores, voluntários, ex-carpinteiros e religiosos, visitam o local e levantam o grande estado de depreciação que a mesma se encontrava. E com toda essa parceria a Capelinha foi reformada, pintada, criaram acesso às pessoas e no dia de Nossa Senhora Aparecida toda a comunidade religiosa volta novamente até lá como ponto de cultuar a fé, após uma longa caminhada peregrinando até o local, com cânticos, terços, muita vibração e fé.
                                                  Confira neste Link todo o trajeto...
                                 https://www.youtube.com/watch?v=QoZb5pZqcfI
  Fotos de hoje                              Fotos interna de 10 anos            Fotos de hoje
Porem muito pouco do que foi feito em termos de empreendedorismo, reconstrução, avivamento, a criação do tão falado ponto turístico aberto ao povo para visitação não foi à frente, tudo praticamente volta à estaca zero, não passando de um “mero” retorno anual ao local, sempre na mesma data que nem sempre é possível devido a outros fatores. Assim o local “Capelinha” e sua protetora tenta resistir a mais alguma décadas a espera de visitas de cristões fieis, católicos, evangélicos e até mesmo vândalos. 
                                                          Foto de hoje
Como nos últimos anos esse (2013) não será diferente verificamos em loco que a mesma pede socorro, seu estado de abandono é critico e pra mantê-la em pé por mais algum tempo a muito que se fazer em termos de manutenção, apesar de serem utilizadas as melhores madeiras da época e que ainda resistem, seu alicerce já demonstra fadiga sendo seu aliado a mata terciária que de certa forma o a protege reduzindo a força do vento.
No local não encontramos nenhuma pessoa, somente vestígios de animais e possivelmente de pessoas em passagem rápida, porem tivemos a informação que a mesma será reparada para receber os peregrinos novamente nesse12 de outubro.
                                                     Subindo o morro
 
 
 

Fonte: Mancílio e Eu....

 
 
 
 

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